X Jornada CELPCYRO

img banner

Informe CELPCYRO

Cadastre-se e receba nosso INFORME
Nome
E-mail*
Área de Atuação

Redes Sociais

  • Twitter
  • Windows Live
  • Facebook
  • MySpace
  • deli.cio.us
  • Digg
  • Yahoo! Bookmarks



TRILOGIA DO GAÚCHO A PÉ - para o leitor do século XXI | Imprimir |  E-mail

Agora em 2ª edição comemorativa especial

Nas livrarias: Vozes, Cultura, Multilivros, AJR, Palavraria e Acadêmica, entre outras.

Distribuidor: Elbio Ferreira Szewczuk

tel: 51-3224-8729 cel: 51- 9683-4474

e-mail: elbiofer@terra.com.br

 

O que é

A nova edição da trilogia de Cyro Martins, composta pelos romances Sem rumo, de 1937 (168 pp.), Porteira fechada, de 1944 (184 pp.) e Estrada nova, de 1954 (300 pp.), comemora cem anos de nascimento do autor. Embora bastante referida, ainda é pouco conhecida, principalmente pelos jovens. Esse é o principal motivo dessa edição, que será na sua maioria doada pelo Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins a bibliotecas públicas e escolares, cujos freqüentadores terão assim oportunidade de conhecê-la. Isso significa que poderão apreciar em cada um dos livros - cujo conteúdo é completamente independente dos demais - uma literatura com linguagem e temática sul-rio-grandense, sobre o gaúcho que vê sua trajetória de cavaleiro dos pampas acabar na marginalidade de vilarejos e centros urbanos, decorrência das mudanças sociais, políticas e econômicas pelas quais o Rio Grande, assim como boa parte do país,  passou desde o início do séc. XX. Aliás, esse aspecto faz dessa trilogia "documento de valor inestimável, capaz de perdurar  por muitas gerações", no dizer do historiador Décio Freitas, propiciando entendimento do contexto em que vivemos e sua dinâmica de ontem e de hoje, da passagem de preponderância do mundo rural para o mundo urbano.

 

Para o leitor do séc. XXI

Pensando no leitor deste século, Flávio Aguiar organizou notas "para palavras que estão em desuso, seja pela idade, seja pelas transformações por que passaram as tão diferentes realidades brasileiras, da Amazônia ao Pampa e do Atlântico ao quase sopé da Cordilheira dos Andes".  Esse trabalho foi feito com o rigor da pesquisa, mas "sem querer roubar o prazer dos leitores e das leitoras na descoberta, cada um, de ‘sua’ leitura peculiar desse autor tão generoso com sua gente quão de rigor para consigo mesmo e nas exigências de seu estilo".

Capa Sem Rumo 

Design gráfico, capas e preparação editorial da artista plástica Liana Timm

 

Carta de Cyro Martins a Ligia Chiappini sobre a Trilogia

 

Porto Alegre, 26-04-95

Amiga Ligia:

Muito obrigado pelos trabalhos. Foi uma leitura que muito me honrou e muito me instruiu. Principalmente o teu estudo. Quando leio um trabalho como esse, fico sempre imaginando o tempo, a paciência e o talento que o autor dedicou ao mesmo.

Conheci José Lins do Rego em 1937, na José Olimpio, Rua do Ouvidor. Foi um encontro rápido. Na época, ele estava no auge da glória. Mas me tratou bem.

 

Quanto às primeiras edições da trilogia, digo-te o seguinte:

Em  Porteira Fechada, nunca mexi numa só palavra. Está agora na 10ª Edição.

 

Em  Sem Rumo e Estrada Nova, sim, mexi e remexi. Acontece que Sem Rumo foi o último livro que a Ariel editou. A desorganização da casa era total. De maneira que saíram erros pra burro. A maior parte da edição nem foi distribuída. Ficou num porão da casa dum sobrinho do Gastão Cruls. E lá mofou. Vai entrar agora na quarta edição.

 

Estrada Nova terminei às pressas nas vésperas de embarcar para Buenos Aires, em princípios de 1951. Recebi-o ainda lá, em meados de 1954. Outra vez – a editora foi a Brasiliense – me deparei com uma ponchada de erros de toda a ordem. Vale aqui o velho ditado campeiro: longe do olho do dono o boi não engorda bem.

 

De sorte que, quando, anos mais tarde, fui preparar a segunda edição, me atirei com ganas nas reformas.

Vou te mandar O Menino hoje mesmo.

 

Muito obrigado pela atenção dada à minha chamada trilogia. Foi o Appel que a chamou assim pela primeira vez e o apelido pegou.

Quando vieres a Porto Alegre não deixa de me telefonar (2252516).

 

Abraços

Cyro Martins