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OBRA COMPLETA de Cyro Martins  E-mail
Estante do Autor

 

Ficção

I Campo fora (contos) - 1934

Primeiro livro publicado por Cyro Martins. Nele o jovem escritor, médico recém formado, recupera, na linguagem e na temática, o viço da infância e adolescência, a paisagem, as vivências da campanha sulina, as práticas culturais da fronteira. Tudo isso perpassado pela sensibilidade já aguçada, a preocupação com as questões sociais, prenunciando as agruras do "gaúcho a pé", bem perceptíveis nos contos "Traste", "Sem rumo", "Alma Gaudéria","Guri". A autenticidade com que apresenta o contexto fronteiriço foi um dos motivos para desencadear o projeto Fronteiras Culturais, tendo como referencial de leitura uma edição bilíngüe português/espanhol, com tradição exemplar pelo escritor Aldyr Garcia Schlee - Campo fora/Campo Afuera (2000).

 

II Sem rumo (romance) - 1937
Primeiro romance da chamada "Trilogia do Gaúcho a Pé", publicado pela Ed. Ariel ( Rio de Janeiro). Narra a trajetória "sem rumo" de Chiru, campeiro expulso da campanha e que sobrevive nas malocas da cidade. Este romance, mais do que configurar a desgraça de Chiru e de sua gente, mostra um povo marginalizado que, enxotado do campo, vai constituir as coroas de miséria das cidades da fronteira no pós-23. Ainda que o autor não tivesse intenção de continuar caracterizando a saga do gaúcho sem cavalo e sem terra, resultou ser o desencadeador da "Trilogia".

 

III Enquanto as águas correm (romance) - 1939
Marcado por indagações existenciais, Izidro é a figura principal desta narrativa. Nas palavras de Augusto Meyer, este romance é um "extraordinário solilóquio, cheio de pudor, mas grave e, às vezes, pungente". Aqui, Cyro Martins leva seu fazer romanesco a uma nova perspectiva humana, em que os contornos ambientais, os costumes e os valores sociológicos deixam de predominar para sobressair a figura de um desterrado que busca um exílio voluntário.

 

IV  Mensagem errante (romance) - 1942  

Livro editado pela Globo, que narra uma trajetória de vida - da infância na campanha ao exercício da medicina em cidadezinha da fronteira do RS com o Uruguai, durante o período das agitações político-partidárias de 1923. De cunho auto-biográfico, a rnarrativa foi posteriormente desmembrada, vindo a compor  outros livros.

 

V Um menino vai para o colégio (novela) - 1942
Esta novela é a reedição da primeira parte de Mensagem Errante, romance publicado em 1942, mas que foi desmembrado e reaproveitado pelo autor em outro livros. Esta novela se constitui como um dos momentos mais felizes da vasta obra de Cyro Martins. É um quadro definitivo sobre a infância e a adolescência na campanha, sobre a proteção e o afeto na casa paterna interrompidos para enfrentar o duro mundo dos homens. Os primeiros contatos com o centro urbano, seus contrastes, o aprendizado da convivência extra familiar, os primeiros desafios e as pequenas conquistas da juventuide.

 

VI  Porteira fechada (romance) - 1944

O segundo romance da trilogia tem o gaúcho pobre João Guedes como centro da narrativa. Expulso do campo que arrendava, se vê frente a frente com a miséria e falta de condições objetivas de sobrevivência na cidade de Boa Ventura. Segundo as palavras de Décio Freitas, Porteira fechada é uma das "mais belas tentativas de romance social já realizadas entre nós".

 

VII Estrada nova (romance) - 1954
Este romance fecha a "trilogia do gaúcho a pé. Mas, mais do que uma simples visão panorâmica dos problemas econômicos e políticos, este romance aprofunda os conteúdos psicológicos e sociais, que dão força à trama e imprimem um condicionamento existencial ao conflito humano da trilogia. Tem na oposição entre o coronel Teodoro e Ricardo, pela sua rebeldia e não aceitação passiva das idéias dos estancieiros, o conflito e as contradições dos últimos anos da década de 1940 na fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul.


VIII  Paz nos campos ( contos e novelas) - 1957

O livro, editado pela Globo ( Porto Alegre), enfeixa Campo fora, Um menino vai para o Colégio e Porteira Fechada, retratando, ficcionalmente,  intensa participação do escritor e médico no contexto em que vivia, seu compromisso com uma postura humanista em face da realidade. Esses textos foram posteriormente reeditados em separado. 

 IX A entrevista (contos) - 1968
Este livro foi editado pela Sulina (Porto Alegre). Compõe-se de contos em que aparece o homem da cidade, com os conflitos próprios da espécie urbana. Evidencia-se,então, mais a reflexão investigativa sobre as vicissitudes, misérias e grandezas humanas que envolveriam escritor e psicanalista pelo resto de sua trajetória. Destacam-se os contos "Você deve desistir, Osvaldo", "Romântico" e "A entrevista".

 

X Rodeio (contos e estampas) - 1976
Depois de muitos anos, Cyro Martins faz uma comovida viagem a Quaraí, cidade de sua infância. E, de estampa em estampa, vai lembrando os tempos mitológicos do cerro do Jarau e do Caverá, a escolinha do primeiro professor, Lucílio Caravaca. Na segunda parte do livro , dedica-se a examinar as obras dos amigos: Augusto Meyer, Alcides Maya, Lila Ripoll, J.O. Nogueira Leiria, Erico Verissimo. Esta segunda parte foi posteriormente aumentada e publicada separadamente no livro Escritores gaúchos, de 1981.

 

XI Sombras na correnteza (romance) - 1979
É o romance da revolução de 1923. Aqui Cyro Martins dá um passo adiante e explora o conteúdo da comédia política e caudilhesca da campanha gaúcha, deixando clara sua visão histórica da Revolução de 23. A luta é entre os coronéis, entre os senhores do poder - o povo assiste a tudo com curiosidade, apenas.

 

XII  A dama do saladeiro (contos) - 1980
Nesses relatos ficção e momentos da vida do Autor se misturam, entre a infância na campanha, sua formação médica, figuras que o marcaram e situações às quais o passar do tempo e os desvãos da consciência dão um significado muito especial.

 

XIII O príncipe da vila (novela) - 1982
A história de Brandino, o "príncipe", surpreende do início ao fim, narrada com a sutileza e o bom humor de quem conhece a fundo as misérias e a grandeza da alma humana. Para muitos esta é a obra-prima de Cyro Martins, em que as habilidades do ficcionista e a experiência do psicanalista se harmonizam plenamente.

 

XIV Gaúchos no obelisco (romance) - 1984
Neste romance, João Silveira, um rapaz simples da campanha, protagoniza ironicamente os eventos da revolução de 30, dos preparativos revolucionários no Rio Grande do Sul à chegada de Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. O autor tomou o episódio dos revolucionários amarrando os cavalos no Obelisco da Capital Federal para título por julgá-lo simbólico do arrebatamento da época e do triunfo revolucionário.

 

XVNa curva do arco-íris (romance) - 1985
O livro se estrutura dialeticamente, através do contínuo diálogo do autor com a protagonista Candinha/Marcelina. Situa-se no meio urbano, afastando-se do cenário regionalista, mas desenhando perfís da aristocracia rural fronteiriça do início do séc.xx, em que a figura feminina é detalhada em Marcelina e o machista típico se encontra em Rufino.

 

XVIO professor (romance) - 1988
Neste romance, memória e ficção se entrelaçam. Na pessoa-personagem do professor Lucílio Caravaca, Cyro Martins além de descrever seus primeiros anos de escola, apresenta um vasto painel da década de 20. Também faz comparecer no romance o fascinante poeta Alceu Wamosy.

 

XVII Um sorriso para o destino (novela) - 1991
Quem leu o romance Na curva do arco-íris se lembrará do desfecho dramático: um homem mata sua mulher e o amante, dentro de um bonde em movimento em Porto Alegre, num fim de tarde de domingo. Trata-se agora do julgamento do marido traído, Rufino Delgado, sendo o desenrolar do júri a parte essencial da novela. Assim serão confrontadas as idéias machistas de um lado, expostas no discurso do advogado de defesa e, de outro, as idéias contrárias de um jovem promotor público.

 

XVIII Você deve desistir, Osvaldo (contos) - 2000
Antologia organizada por Maria Helena Martins propondo um panorama curioso da trajetória pessoal e de criação literária, espécie de educação sentimental dos pagos e de iniciação profissional, perfazendo cerca de 50 anos da ficção do Autor.


Ensaio

 

I Do mito à verdade científica (Estudos Psicanalíticos) - 1964
Publicação pioneira de autor gaúcho sobre “psicologia profunda”, além de conter amplo panorama dos diferentes aspectos médicos e culturais desse tema, proporciona ao leitor uma visão de conjunto da história da psicoterapia e de como estava sendo introduzida entre nós, vindo desde o mito de Esculápio até aos dias da psicoterapia de grupo.

 

II Perspectivas da Relação Médico-Paciente - 1979 ( Ed. Artes Médicas)

Reúnem-se aí, sob a coordenação de Cyro Martins, textos de profissionais de diversas áreas médicas, com o intuito de demonstrar quanto o tema "relação médico-paciente" se acha vinculado à prática cotidiana de toda a medicina e a urgência de ser abordado. Principalmente porque " o atendimento de massas, como é exercido no Brasil, nos faz experimentar uma sensação de mentira, que nos angustia", escreve ele, no Prefácio.

 

III Escritores gaúchos - 1981
Em Escritores gaúchos, Cyro Martins analisa a obra de nomes expressivos das
letras da província: Erico Verissimo, Dyonélio Machado, Alcides Maya, Augusto Meyer, Nogueira Leiria, Lila Rippol, Mário Quintana, Raul Bopp e Moysés Vellinho. Segundo o autor, no Prefácio dessa edição, o livro aconteceu com uma naturalidade comovente, cada capítulo impregnado de reminiscências provocadoras de sugestões criativas. Por certo, trata-se de obra inacabada, sendo possível, portanto, que venha a ampliar-se no futuro, dependendo da sorte que tiver.

 

IV O mundo em que vivemos - 1983
Este livro de ensios revela o escritor preocupado com as questões fundamentais da Psicanálise e o Humanismo, em especial com as tendências da segunda metade do século XX. Sintetizam-se aqui as idéias norteadoras e básicas da visão de mundo do autor.

 

V A mulher na sociedade atual - 1984
Coletânea de conferências e artigos referentes ao papel da mulher na sociedade. As abordagens dão conta de questões como a responsabilidade social da mulher, as feridas emocionais do aborto, mulher e família, entre outras.

 

VI Caminhos (ensaios psicanalíticos) - 1993
Este livro reúne ensaios psicanalíticos de ampla abrangência, podendo interessar a qualquer leitor, pois a complexidade científica da psicanálise aparece mediada por uma linguagem simples, direta e despojada de artifícios, o que permite uma leitura útil e agradável ao mesmo tempo. Arte e ciência, em Cyro Martins, formam uma realidade indissociável. Caminhos é fruto desse encontro.

 

VII Páginas soltas - 1994
Neste livro, numa linguagem solta, sem os entraves e os compromissos da crítica literária costumeira, Cyro Martins faz um depoimento muito pessoal das suas preferências culturais. E daí surgem questões: Por que as pessoas colocam quadros nas paredes? Que tem isso a ver com suas vidas, com o seu dia-a-dia? Questões como estas permitem com que Cyro Martins viaje pelos caminhos do inconsciente para conseguir respondê-las.


Memórias

 I Para início de conversa - 1990 (com Abrão Slavutzky)
Na forma de entrevista a Abrão Slavutzki, trata-se de um livro de memórias. Num ritmo leve, com fluxo e refluxos, pode-se ler, entender e sentir a trajetória existencial e intelectual de Cyro Martins, desde a infância na fronteira até suas vivências no mar alto da cultura e da ciência.


OBS.:

1. Notas sobre os livros elaboradas por Ronaldo Machado a partir de "orelhas" dos livros, seus estudos e ensaio de Carlos Jorge Appel, "As coxilhas sem monarca", publicado originalmente no caderno Autores Gaúchos, n.1, Instituto Estadual do Livro/RS, 6.ed. 1995, p. 19-29)

 

2. Na Síntese Biobibliográfica, aparecem os títulos tal como originalmente foram editados. A relação acima contém as obras originais e como o autor as reestruturou e publicou pela Editora Movimento: www.editoramovimento.com.br

Rua Banco Inglês, 252 - Morro Santa Teresa - 90840-600
Porto Alegre - RS - Brasil - fone/fax: 0xx51-3232-0071

 

Links Relacionados:
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