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DEZ ANOS DO JORNAL MENTECORPO E-mail
Humanismo Médico - Eventos

 10anos jMCorpo2     10anos MCorpo1     Foto Cláudio e Mariante

                                               

20 de março de 2013 - Auditório da Guarida Imóveis - Porto Alegre - Dr.Mariante,colaboradores e  Cláudio Martins, Presidente do CELPCYRO

 

1. Breve histórico do Jornal MenteCorpo, pela apresentadora da cerimônia, Rejane Noschang

No mês de outubro de 2002, foi realizado o I Fórum de Medicina Psicossomática, no Centro de Eventos da AMRIGS, e foi publicado um ‘Boletim Informativo’. Esta comunicação deu origem ao Jornal MenteCorpo, o qual vem sendo editado regularmente há dez anos.

O jornal conta com uma tiragem de 35.000 exemplares. A sua distribuição é ampla e se destina a leitores ecléticos, dada a diversidade de temas que seus textos abordam, não obstante seja centralizada em assuntos psicológicos, psiquiátricos, psicanalíticos e particularmente no que tange à ética médica em especial. Aborda temas climáticos, de assistência social e dá ênfase aos propósitos de valorizar, sem vulgarizar, a medicina.

O Jornal MenteCorpo circula preferencialmente no Rio Grande do Sul, em todas as municipalidades, bibliotecas, centros de saúde, culturais, entre outros. Circula no país e nas capitais de países sul-americanos, bem como em outros países que adotam o idioma português e o espanhol.

Para aumentar o número de páginas e igualmente de seções, o Jornal MenteCorpo está aguardando apenas conseguir um imóvel que permita sua ampliação, com espaço condigno para o desenvolvimento das suas atividades.

O MenteCorpo, no decorrer destes 10 anos, promoveu várias campanhas de fundo cultural e educativo, como ensinar crianças a plantar árvores, projeto realizado na capital e no interior do estado.

Outra campanha realizada pelo Jornal MenteCorpo consistiu em levar exemplares aos doentes hospitalizados, com um texto adequado à situação do paciente, sendo útil tanto para eles como para seus familiares e o grupo de enfermagem.

Atualmente, está prevista a criação de novas sessões, sempre agindo com ética entre os médicos e a mídia. Ou seja, continuando o trabalho que já vem sendo feito até agora, sem fazer sensacionalismo no que concerne a certos crimes que agem de maneira sugestiva aos criminosos.

Muitas outras iniciativas serão tomadas, porém, dado à exiguidade de tempo, não será possível enumerá-las.”

 

2. Homenagem do Dr. João Mariante aos colaboradores do jornal MenteCorpo

Professor José Jesus Camargo. O senhor, pelo seu trabalho, por suas atividades profissionais como médico e cidadão exemplares, terá assegurado o seu nome no Pantheon da ciência.

Os seus artigos e a sua produção literocientífica estão destinados a fazer pensar, porque influem, orientam e ensinam – até em forma subliminar, como a melhor maneira de conquistar as massas.

Professor Doutor Ítalo Marcon, inestimável colaborador de primeira linha, e das primeiras edições do jornal. Consagrado oftalmologista, excelente professor, situa-se entre os responsáveis mais eficazes pelo êxito do jornal. Seu apoio é amplo e eficaz. O doutor Ítalo está sempre à disposição do jornal, não só para elevá-lo com sua colaboração como o seu grande orientador no que concerne à oftalmologia.

Professor Doutor Henrique Sarmento Barata, o senhor não faz ideia do que o seu apoio junto à mídia resultou benéfico e proveitoso para o jornal, que é seu grande devedor. Valemo-nos deste ensejo para expressar o nosso profundo reconhecimento por ser um dos que guindaram o Jornal Mente Corpo à categoria que hoje ele desfruta. A sua capacidade profissional dispensa proclamação; para justificá-la, bastaria registrar sua investidura no cargo de diretor clínico do Hospital Moinhos de Vento.

Doutor Victor José Faccioni .Victor Faccioni enquadra-se na categoria dos excepcionais colaboradores do nosso jornal, tarefa que vem executando há alguns anos.Para ele, caberá como uma luva feita à medida a frase de Monteiro Lobato sobre Cândido Fontoura (do Biotônico). Assim diz: “Cândido é o homem que faz certo.”Faccioni não recuou diante de um pensamento de Voltaire:“É muito perigoso estar certo nas áreas onde as autoridades constituídas estão erradas.”

Dr. Claudio Martins. Cyro Martins, um dos grandes escritores nossos, se vivo fora, não deixaria de se emocionar com um filho como Claudio, mestre em psiquiatria. Ele tem dedicado boa parte de sua vida a edificar, através de um trabalho construtivo, uma elegia fraterna de amor filial.

Ao entregar o troféu ao Doutor Luiz Augusto Pereira, evoco a memória de seu avô, Manoel José Pereira Filho, aquele apóstolo da tisiologia, presidente da Campanha Nacional contra a Tuberculose, da qual fui diretor de propaganda durante três anos no Rio de Janeiro.

Às vezes, temos de render pleitesias ao destino, que facultou encontrar seu neto seguindo os passos do avô, com a mesma dedicação e capacidade.

Luis Carlos Correa da Silva, “missionário da temperança”

Uma das maiores dádivas do acervo do nosso jornal é contar com a colaboração do Professor Luis Carlos Correa da Silva, doutor em pneumologia pela Medicina da UFRGS.Os títulos são tão amplos que citá-los aqui esgotaria o diminuto espaço de que dispomos.Em nosso entender, o Professor Luis Carlos poderia acrescentar ao seu vasto currículo o título de missionário da temperança. Ele é o grande inimigo do tabagismo, e há de passar à história como destacado defensor da saúde e da vida de seus conterrâneos.

O verdadeiro médico é o que, ao simples contato com o doente, abranda e muitas vezes suprime as suas dores; é o que faz baixar a temperatura e normalizar o ritmo cardíaco. O grande médico é o que sabe levar ao paciente e à família um elo de esperança, mesmo quando todos os recursos da ciência se esgotam.O grande professor de medicina é que pode dizer aos seus alunos: “senhores médicos, um pouco menos de técnica, um pouco mais de afeto”. Estou falando de Matias Kronfeld.

Doutor Nilson Luiz May inscreve-se no rol dos mais destacados escritores sul-rio-grandenses. É dono de um estilo claro, profundo, elegante, ao qual não titubearia em, ao lhe entregar este troféu, acrescentar mais um adendo: o de gentil-homem da literatura e de um autêntico cultor do beletrismo.

Ele, por motivo de força maior, não está aqui, mas, por meio de uma carta justificando sua ausência, pede que a distinção seja entregue à jornalista Juliana Machado

Professor Doutor Carlos Antônio Mascia Gottschall

O Professor Gottschall, desde há muito, tem sido um colaborador assíduo e responsável pelo sucesso que o jornal tem granjeado no terreno da divulgação científica.Seus trabalhos, no domínio de ciência médica, abordam o conhecimento humano. Seus escritos, vazados da mesma lógica equiparável às aquisições, empolgam pela seriedade e pela profundidade.Ao Professor Gottschall, a nossa imensa gratidão.

Professor Doutor César Costa, de igual maneira que outros notáveis colaboradores do jornal, ocupa um lugar de destaque como eles. Além de inegavelmente ser um dos profissionais da medicina detentor de expressiva bagagem científica e cultural, sempre acessível e determinado a colaborar, poderá ser catalogado na condição de “redator de plantão” do jornal.

Seus trabalhos no domínio da ciência marcam época; seu estilo límpido, claro; sua cultura geral e profunda, sem a mínima dúvida de estarmos inclinados a encômios generalizados, têm sido os responsáveis pelo que este jornal está conseguindo.

Carlos Alberto Schütz, destacado colaborador do jornal, administrador de empresas, economista, tem sido de expressiva utilidade como consultor especializado do Jornal Mente Corpo no setor em que ele é mestre.

Doutor Orestes Stephanou é prata da casa, o seu trabalho construtivo remonta às primeiras edições do jornal. Ele pode ser considerado um pioneiro. Muito obrigado por tudo quanto o Jornal MenteCorpo lhe é devedor.

Doutor Thiago Roberto Sarmento Leite, ilustre magistrado, colaborador assíduo e aplaudido do Jornal MenteCorpo, tornou-se figura indispensável e responsável pela adição de novos leitores, ávidos para sorver os ensinamentos jurídicos em que o conspícuo magistrado é mestre. Neto do velho Sarmento Leite, o Doutor Thiago não desmente a máxima: “a laranja não cai longe do pé”.

Ao Doutor José Adroaldo Oppermann, o executor da conciliação de medicina com a exitosa administração hospitalar. Condições diplomáticas não lhe faltam. Qualidades de conciliação e capacidade de congregar o elemento humano dispersivo lhe sobram. Tais requisitos, por certo, foram os responsáveis pela escolha.

Professor Doutor Oly Lobato, a seu respeito, os títulos que se poderia dar e as classificações seriam tantas que um espaço de tempo como o de hoje não seria suficiente. O que eu diria a seu respeito: ele é “o” médico, a imagem e o símbolo do verdadeiro esculápio. A análise de certas personalidades nem sempre alcança uma profundidade digna do que está sendo apreciado, porque o resumo e a superficialidade de uma análise como esta não serão satisfatórios para evocar um escritor de fôlego e um gênio da benemerência e da solidariedade.

Professor Doutor Gustavo Py da Silveira, presidente da Associação Sul-Rio-Grandense de Medicina, tem imprimido um relevante apoio intelectual ao jornal, que desde os seus primórdios vem ocupando as funções de órgão oficioso da nossa Academia e pretende continuar à disposição não só da grande entidade científica, como também dos seus associados.

Humberto Ruga ocupa um lugar de destaque entre os colaboradores do jornal. O seu apoio, a sua ação direta e sem rodeios, eficaz e permanente, o coloca na primeira linha dos responsáveis pelo êxito do jornal. Humberto Ruga é possuidor de uma especialidade que poucos conhecem. Ele domina a técnica da questão presidiária, no seu amplo espectro, mas, por não ser político e por conduzir seu proceder sempre com moderação e comedimento, até hoje tais predicados não foram colocados em prática. É uma pena.

Geraldo Rizzo, colaborador assíduo desde as primeiras edições do Jornal, no domínio de sua especialidade em sonoterapia, cujos artigos, e somente eles, revelam verdades tão profundas sobre sua matéria que chegam, paradoxalmente, a tirar o sono de alguns leitores, surpreendidos pelas suas revelações.

A Blau Souza, hoje arvorado um mestre de cerimônia, escritor de fôlego e colaborador do jornal, a gratidão do Jornal MenteCorpo. Blau está inserido entre os maiores representantes da cultura gaúcha. É deveras surpreendente como o Doutor Blau consegue conciliar o exercício da cirurgia cardíaca com a arte de escrever e alcançar a condição de se sobressair a contento tanto em uma como na outra.

Ao Professor Doutor Celso Gomes, precioso colaborador na especialidade ortopédica, o nosso agradecimento. O Celso tem sido, além de sua principal especialidade na ortopedia e de especialização na cirurgia do pé, enquadra-se no rol dos que têm contribuído para a incontestável credibilidade do Jornal Mente Corpo.

Ao Doutor Franklin Cunha, esplêndido colaborador intelectual e científico, cujos artigos mensais deslumbram pela clareza, transparência, categoria científica e pela pureza da forma.

Sua vasta cultura geral e sua incomparável erudição concederam-lhe a condição de modelo e exemplo.

Victorino Silveira Balena, o Jornal MenteCorpo lhe deve o empenho que, desde o começo, o senhor mostrou, no setor de distribuição do mesmo, tendo como local a sua empresa. As mesmas qualidades humanas Balena executa no Rotary, em suas atividades destinadas ao exercício da solidariedade, preceito alto da ação rotária.

Ao Doutor José Francisco Camargo Dornelles, meu companheiro de Rotary, o qual não hesito em classificar como um grande benemérito, cuja ação a cada dia mais confirmada não desmente o lema rotariano: “Dar de si antes de pensar em si”.

Ao Professor José Aristides Firmino, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, o Jornal MenteCorpo deve um grande auxílio: sua distribuição em todas as lojas maçônicas, incluindo muitas localizadas em outros países, especialmente os que falam português e espanhol. Professor Firmino, em sua extraordinária ação, concede-nos a esperança de que a solidariedade e o amor não se encontram em extinção.

Antônio Carlos Pereira de Souza já não está mais, em pessoa, entre nós, mas seu espírito solidário e profundamente humano continuará vivendo, enquanto o jornal existir. Sua existência e seu labor foram de tal monta que arquitetávamos a possibilidade de estabelecer uma premiação – e esse propósito continua ainda uma intenção – que levasse seu nome. A morte de Pereira marcou presença entre o premiado e o prêmio. O grande benemérito do Jornal MenteCorpo já não existe, mas o bem que ele deixou é e será permanente, como permanente será nossa gratidão. Aos seus filhos, Cristina e José Antônio Pereira de Souza, entrego este troféu, como a mais sentida homenagem fúnebre.

Dorival Homero Kniphoff , quando o Jornal MenteCorpo estava ainda em perspectiva, lutando para conseguir meios destinados à sua impressão, Dorival – amigo dileto e inseparável há mais de 70 anos – emprestou seu apoio financeiro, o que permitiu transformar meu sonho na realidade que hoje estamos comemorando.

Claudio Xavier, entre os que apoiaram o jornal, figura o nome de Claudio Xavier, que, nos momentos mais difíceis da vida do jornal, franqueou gratuitamente um imóvel, onde foi instalada a sua redação: eis a razão de estar sendo homenageado, com justiça e gratidão, por seu incomparável gesto amigo.

Luiz Maria Yordi, nem sempre conseguimos explicar certos gestos oriundos de algumas pessoas que nos surpreendem com atitudes solidárias e generosas, tanto que se tornam credores da nossa gratidão. Luiz Maria Yordi figura entre elas. O destacado cardiologista e intervencionista, além de ter sido um precioso conselheiro e um eficaz colaborador intelectual, adicionou mais uma atividade: a de distribuidor dos nossos jornais a várias instituições.

 

3. Palavras do Dr. João Mariante encerrando a cerimônia

 

Quando o ser humano atinge a idade provecta, que é a maioridade da existência, suas condições psicobiológicas outorgam-lhe o direito de falar de si mesmo.

As prerrogativas citadas concedem-lhe o ensejo de proclamar o que realizou, e também o que não concluiu, o que deixou de efetuar e o porquê.

Em tal período, mesmo que sua biografia não registre grandes realizações, o próprio acesso que a enriquece é a conquista suprema da realização de ter vivido e a vitória de estar vivo.

Creio que o grande êxito da vida de qualquer mortal não reside apenas no que deixou de concreto, de faustoso e transcendente no mais amplo espectro da atividade humana. A meu ver, o que o eleva, consola e dignifica é a persistência e a coragem de viver.

A denominada terceira idade é a fase da vida em que os avoengos, mesmo em face dos desencontros da vida, encontram-se consigo mesmos. É o período das depressões: é quando surgem, na tela das recordações, da saudade e do saudosismo, os confrontos entre o que foi e o que é.

É a quadra da existência que nos leva a repensar no que foi pensado e a pensar no que não pensamos.

O pouco que fiz nos dez anos do Jornal Mente Corpo, já disse. O que pretendo ainda realizar, com a inestimável colaboração de muitos que estão hoje aqui, é transformar este periódico mensal num órgão hebdomadário, com a missão precípua de divulgar, sem vulgarizar, a medicina, apresentando textos de forma autêntica, clara, simples e precisa, sem descuidar a prevalência de teor científico, que deverá predominar.

Para tal empreitada, o jornal requer certas condições de que não dispõe, como, por exemplo, mais espaço, e que seja ele destinado a acolher profissionais especializados, para que não seja denominado como ‘o jornal de um jornalista só’. Nos momentos de vacilação e incerteza, as mesmas que recaíram sobre mim nos primórdios de sua fundação, auguro a companhia de um Dorival Kniphoff, um Humberto Ruga e mais uns poucos que, graças ao prestígio junto aos poderosos, transformaram os sonhos do passado na realidade de hoje. Estes são os nossos principais desígnios, que nos motivam a continuar.

Os velhos que suportam pacificamente a velhice, que aceitam a irrevogável destinação do processo vital sem subjugarem-se às lamentações melancólicas, sem o uso das cerimônias, tão habituais aos que odeiam a velhice, têm mais probabilidade de dilatar o período de existência.

E não apenas isso; os que se enquadram em tal faixa etária, ao procederem assim, estarão assumindo a condição de um móvel descartável no mobiliário da existência e sugerindo aos familiares o desejo nem sempre incontido para que lhe abreviem a vida.

Diante de tais circunstâncias, o velho torna-se apto a enfrentar sua fatal destinação, com sorriso no semblante e u’a mensagem plena: ‘missão cumprida’.