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Estresse infantil favorece transtornos | Imprimir |  E-mail

Michael Jackson. Gênio da música, da dança e do mundo pop. Um dos cantores que mais vendeu discos na história, o americano tirou a dança de rua dos guetos para virar febre em todo o mundo. A capacidade criativa estava em todos os lugares: compunha as letras e as melodias, decidia a formatação do disco e ajudava no roteiro dos videoclipes. Talentos que foram forjados desde cedo. Com apenas cinco anos, já era vocalista de uma das bandas mais conhecidas dos anos de 1970. Pagou, entretanto, um alto preço.

Para alcançar o estrelato, foi colocado sob estresse extremo muito precocemente. Situação considerada, por especialistas, como um fator de risco para que, na idade adulta, o paciente desenvolva algum tipo de doença mental. No caso de Jackson, as mudanças no rosto deixaram claro que tinha uma visão distorcida e infeliz da própria imagem.

– Jackson reúne dois exemplos extremos. Um, que não deve ser seguido, de um talento desenvolvido com base na pressão e no estresse. Outro, uma pessoa com transtornos sérios que usou da criatividade como uma saída para tocar a vida para a frente e ainda se destacar da multidão – opina o psiquiatra Cláudio Meneghello Martins.

Exemplo que serve para os pais que acreditam ter gênios em casa. Exigir demais dos filhos que apresentam algum tipo de criatividade acima da média pode resultar em um desequilíbrio na formação. Quem se dedica demais às artes, por exemplo, tende a esquecer de outras áreas, como os estudos regulares na escola. Já para os esportistas, o esforço do corpo causa problemas físicos sérios, que se agravam ao longo da vida.

– Não se pode deixar a infância de lado. A criança com talento deve ser estimulada, mas não deixar as outras atividades da idade de lado, como brincar, se divertir e conviver com os amigos. – ressalta a psicóloga Barbara E. Neubarth, do Hospital Psiquiátrico São Pedro.

Alerta aos pais: não queimem etapas
> Ao notar capacidades criativas, vá com calma. Estimule o talento sem cobrar demais.
> Não queime etapas. Seu filho deve seguir regularmente na escola e nunca deixar de brincar ou conviver com amigos da mesma idade.
> Procure profissionais especializados. Se a criança pinta muito bem, deve ser encaminhada a uma oficina de arte onde seu talento possa ser desenvolvido.
> Se o estímulo vier de maneira lúdica, sem pressão e tentando extrair o que há de melhor nos filhos, os pais ajudam a manter a criatividade em desenvolvimento e evitam que o talento vire um trauma.

Fonte: Barbara E. Neubarth, psicóloga


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