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Facebook

Renata Nascimento

                 Outro dia uma amiga minha veio se queixar que havia postado uma música no facebook e mais de um cara com quem ela já havia saído ligou para saber se a música era para ele. “Pô, eu só gosto da música”, ela me disse.

                 As pessoas às vezes partem do princípio que todo mundo busca no Google a letra da música do vídeo postado por quem se gosta ou que se decifrem códigos para ler alguma declaração camuflada... Às vezes é mais fácil enlouquecer do que entender a versão virtual do amor.

              Não consigo me lembrar há quanto tempo eu tenho o facebook. Pensando agora sobre os aniversários em que eu passei me deliciando com as mensagens de parabéns, faço a conta de mais ou menos três anos. Engraçado não saber exatamente quando. É como se uma regra de vida se instalasse em um calendário solto no tempo; abriu-se uma nova forma de comunicação.  

                 Tenho lido muitos artigos que falam sobre o facebook e acho muito bom ganhar a consciência do uso da ferramenta. Janelas de bate papo, conteúdos livres postados no mural do amigo, mensagens entre eles... é muita coisa que poderia muito bem dar pau. Mesmo assim as pessoas mantém um código de conduta entre elas.

                 O computador trouxe a ferramenta do copy paste e depois o uso de todas as teclas para dar forma aos pensamentos, até então, mais lineares. Com o backspace e depois da maçã o delet, temos a opção de mudar de opinião e apagar um pensamento. No facebook isto acontece a toda a hora, a diferença é que temos quem olhe sem antes termos pensando se queríamos mesmo escrever aquele comentário.

                  Para discorrer neste texto de agora penso nos infinitos labirintos e teorias sobres as funcionalidades do face. É tanta coisa que não têm por onde começar e muito menos terminar. Este "rascunho" de artigo poderia ter colaboradores que o alimentassem com as suas próprias paranóias virtuais e seria interessante que isto ocorresse nos comentários ao final do que escrevo.

               Um dos exemplos da causa é que já foi criado um termo que descreve bem uma das inseguranças decorrentes da internet: é o “FOMO” do "fear of missing out". Algo como uma leve depressão parece surgir dando nome a uma quase patologia do mundo virtual. Seria o medo de perder algo; a angústia de que há sempre algo mais interessante acontecendo... Desde uma festa postada a qual você não foi até outra pessoa descobrir um filme ou uma música primeiro que você... Ansiedade, insônia, controle são sintomas desta “patologia” independente da idade.

               Hoje vidas são expostas em tempo real e todo o mundo joga o jogo mesmo não querendo jogar. Quando vê, você fica chateado com os poucos likes. Falando em likes, penso que até muda a vibe do dia essa levantada do dedão. O seu avatar precisa e às vezes gosta de ser alimentado. Se olharmos friamente é até engraçado.

               Há quem bagunce um pouco mais no facebook: já vi amigo meu postando foto dele na privada. Não, não levei como exposição e sim como uma intervenção. A ironia de não usar é pior do que assumir o vício. Controle pode ser pior que exposição.

               É fácil generalizar que é superficial porque afinal ele possibilita o contato. Às vezes há quem precise se aproximar de coisas mais significativas e acaba dando um tempo. Esse movimento me lembra uma mola; flexível. Sinal que a noção do ser humano com a própria saúde mental ainda existe.

 

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