A internet. A culpada? |
ERA DIGITAL - Pensando a internet |
Fernanda de Barros Carvalho *
Não é novidade a relevância das redes sociais na cultura contemporânea. O poder de audiência e influência social que a internet possui, hoje.
O acesso exacerbado a informações no ambiente digital. As celebridades nas redes sociais parecem próximas, o sentimento de conhecê-las e viver num universo que não é o seu. A fascinação é fato. Versões fantasiadas de como a vida deve ser, desejos e escolhas, participar de um grupo, ser cool. Estilos de vida baseados em personagens (reais) da rede e noções da realidade embaralhadas pela mídia e o consumo.
E, por onde andam os pensamentos jovens? Como estão as conexões com família, namorado, pessoas do cotidiano físico? Valores nebulosos. Parece que o interesse está mais em ser atraente, do que na vida sexual prática.
Quão grande é a ideia de imagem em nossa cultura? O culto a certos estilos e identidades sociais. A falta de limite da superficialidade. O absurdo de viver de um jeito carente de consistência e de sentido. E, ao mesmo tempo, glamuroso e confortável. As redes sociais como catalizadores e ferramenta da cultura atual. Acho que é sempre válida a parada para observar antes de continuar.
O ponto de partida para este texto foi o filme “Bling Ring”, de Sophia Copopla. A diretora faz uma observação ao reconstituir um caso real de adolescents de classe alta, em LA, que roubavam as casas de famosos. (Trailler “Bling Ring”: http://www.youtube.com/watch?v=Y6NiyVdRbxs) ------------ Fernanda de Barros Carvalho - colaboradora de ERA DIGITAL, artista e editora Selo Prólogo – www.prologoseloeditorial.com.br
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